O estudo, publicado na revista científica British Medical Journal,
confirma resultados de investigações anteriores sobre o assunto que, de maneira
geral, encontraram evidências de um possível vínculo entre o consumo de
chocolate e a saúde do coração.
Os autores enfatizam, no entanto, que é preciso fazer mais testes para saber
se o chocolate realmente causa essa redução ou se ela poderia ser explicada por
algum outro fator.
A equipe da Universidade de Cambridge, na Inglaterra, apresentou seu trabalho
no congresso da European Society of Cardiology, nesta segunda-feira, em Paris.
Investigação
Vários estudos recentes indicam que comer chocolate teria uma influência positiva sobre a saúde humana devido às propriedades antioxidantes e anti-inflamatórias do alimento. Segundo esses estudos, o chocolate teria o poder de reduzir a pressão sanguínea e melhorar a sensibilidade do organismo à insulina (o que ajudaria a evitar a diabetes).
Vários estudos recentes indicam que comer chocolate teria uma influência positiva sobre a saúde humana devido às propriedades antioxidantes e anti-inflamatórias do alimento. Segundo esses estudos, o chocolate teria o poder de reduzir a pressão sanguínea e melhorar a sensibilidade do organismo à insulina (o que ajudaria a evitar a diabetes).
Entretanto, ainda não está claro de que forma o chocolate afetaria o coração.
Em uma tentativa de esclarecer a questão, o pesquisador Oscar Franco e seus
colegas da Universidade de Cambridge fizeram uma revisão em grande escala de
sete estudos sobre o assunto envolvendo cem mil pessoas, com e sem problemas no
coração.
Os especialistas estavam particularmente interessados em avaliar os efeitos
do consumo de chocolate sobre ataques cardíacos e acidentes vasculares (ou
derrames).
Em cada estudo, a equipe comparou o grupo de participantes que comia a maior
quantidade de chocolate ao resultado do grupo que comia a menor quantidade do
alimento. Para evitar distorções, a equipe levou em conta diferenças de
metodologia e qualidade dos estudos.
Cinco estudos encontraram uma associação positiva entre índices mais altos de
consumo de chocolate e um menor risco de problemas cardiovasculares.
"Os índices mais altos de consumo de chocolate foram associados a uma redução
de 37% em doenças cardiovasculares e uma redução de 29% na incidência de
derrames em comparação aos índices mais baixos (de consumo)", os autores
escreveram.
Não foram encontradas evidências significativas de redução em casos de
falência cardíaca.
Os estudos não especificaram se o chocolate ingerido era meio-amargo ou ao
leite. Entre os alimentos consumidos pelos participantes estavam barras de
chocolate, bebidas, biscoitos e sobremesas contendo chocolate.
Segundo a equipe britânica, as conclusões do estudo precisam ser
interpretadas com cautela, porque o chocolate vendido comercialmente é altamente
calórico (contendo cerca de 500 calorias por cada cem gramas) e sua ingestão em
grandes quantidades poderia resultar em ganho de peso, o que aumentaria os
riscos de diabetes e doenças cardíacas.
Entretanto, os especialistas recomendam que, dados os benefícios do chocolate
para a saúde, iniciativas para reduzir a quantidade de gordura e açúcar nos
produtos deveriam ser exploradas.
Fonte: BBC Brasil e o Estadão
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